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CEDAE Alexandre Eulalio

Fundo

GUILHERME DE ALMEIDA

Área de identificação
Código de Referência BR UNICAMP IEL/CEDAE GA
Título Guilherme de Almeida
Data [1910 – 1978]
Nível de Descrição Fundo
Dimensão e Suporte 8 metros lineares (aproximadamente)
Área de contextualização
Nome do Produtor ALMEIDA, Guilherme de Andrade e
História Administrativa/Biografia

Guilherme de Andrade e Almeida nasceu em Campinas, SP, em 24 de julho de 1890. Filho de Estevão de Araújo Almeida, jurista e professor de direito, e de Angelina de Andrade Almeida. Dividiu os primeiros anos da infância entre a cidade natal, Limeira, Araras e Rio Claro, onde realizou os estudos primários. Em 1903, mudou-se com a família para São Paulo. Ali, estudou no Colégio de São Bento e no Ginásio Nossa Senhora do Carmo, dos Irmãos Maristas, antes de ingressar no curso da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Formou-se em 1912.

Atuou como promotor público em Apiaíe em Mogi-Mirim durante um breve período e em 1914 retornou à capital paulista para trabalhar com o pai, tarefa que desempenhou até 1923.

As peças “Mon Coeur Balance” e “Leur Âme”, escritas em parceria com Oswald de Andrade, foram a estreia de Guilherme de Almeida na literatura em 1916. Nesse mesmo ano começa a escrever para jornais de São Paulo e do Rio de Janeiro e, no ano seguinte, publica seu primeiro livro de poemas: “Nós”.

Até 1922 – ano que participou da realização da Semana de Arte Moderna, ao lado de Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Di Cavalcanti e Menotti del Picchia, entre outros – publicou sete trabalhos: “A dança das horas”(poesia; 1919); “Messidor”(poesia; 1919); “Livro de Horas de Sóror Dolorosa” (poesia; 1920); “Natalika”(prosa; 1921); “Scheherazada”(ato em versos; 1921); “Narciso – A flor que foi um homem”(poesia; 1921) e “Era uma Vez...”(poesia; 1922).Foi um dos fundadores da revista “Klaxon” (porta-voz do movimento inaugurado com a Semana), integrando a equipe de editores, além de criar a capa do periódico.

Em 1923, casou-se com Belkis Barroso do Amaral (Baby) e se mudou para o Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1925.Nesse ano, publicou quatro livros de poemas: “Narciso”, “Encantamento”, “Raça” e “Meu”. Também é em 25 que viaja para o Rio Grande do Sul, Pernambuco e Ceará divulgando os ideais estéticos do movimento modernista com artigos e conferências, como a "Revelação do Brasil pela poesia moderna".

Em 1926 – ano de falecimento de seu pai – publica dois livros de ensaio, “Do sentimento nacionalista na poesia brasileira” e “Ritmo, elemento de expressão”. Dois anos depois é eleito para a Academia Paulista de Letras, sucedendo seu pai na cadeira nº 22.

Em 1929, publica um novo livro de poesia, “Simplicidade”. No ano seguinte é eleito para a cadeira nº 15 da Academia Brasileira de Letras, na vaga de Amadeu Amaral. O titular foi recebido por Olegário Mariano.

Em 1931, publica “Você” (poesia) e “Poemas escolhidos” e se torna co-proprietário dos jornais paulistas “Folha da Noite” e “Folha da Manhã”, onde manteve a coluna "Sombra Amiga" até o jornal mudar de dono em 1945.

Em 1932, lança “Cartas que eu não mandei” (poesia, 1932) e “Nova bandeira” (1932). Participa da Revolução Constitucionalista, lutando na cidade de Cunha, SP, mas é preso e exilado em Portugal, onde permaneceu até o ano seguinte. Esse período deu origem às crônicas reunidas no livro “O meu Portugal”, publicado em 1933.

Ainda nos anos 30, publica mais um livro de poesia, “Acaso” (1938). A década seguinte é bastante produtiva, são editados “Cartas do meu amor” (poesia, 1941), “Estudante poeta’ (teatro em parceria com C. J. Barcelos, 1943), “Tempo” (poesia, 1944), “Poesia varia” (poesia, 1947), “Gonçalves Dias e o Romantismo” (conferência, 1948), “Joca” (poesia, 1948) e “Histórias talvez” (crônicas, 1949). Nos anos 50, publica “O anjo de sal” (poesia, 1951), “Toda poesia” (1952, em 6 v.), “Acalanto de Bartira” (poesia, 1954), “Camoniana” (poesia, 1956) e “Pequeno Romanceiro” (poesia, 1957).

Em 1959 foi eleito "Príncipe dos Poetas Brasileiros", um concurso patrocinado pelo jornal “Correio da Manhã”, por meio da seção "Escritores e livros" – escolhido por um "colégio eleitoral" de cerca de mil componentes.

Em sua última década, lança “A rua” (poesia, 1961), “Cosmópolis” (poesia, 1962), “Rosamor” (poesia, 1966) e “Os sonetos de G. A.” (poesia, 1968).

Faleceu em 11 de julho de 1969, em sua casa, conhecida como a "Casa da Colina", onde residia desde 1946. Na década de 1970, a residência foi adquirida pelo Governo do Estado, que a transformou no museu biográfico e literário Casa Guilherme de Almeida, inaugurado em 1979. Hoje, a instituição abriga também um Centro de Estudos de Tradução Literária.

Guilherme de Almeida distinguiu-se também como heraldista e tradutor. Na primeira, foi autor dos brasões-de-armas de São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP). Na segunda, destaca-se a tradução dos poetas Paul Géraldy, Rabindranath Tagore, Charles Baudelaire, Paul Verlaine e, ainda, “Huisclos”(“Entre quatro paredes”) de Jean Paul Sartre.

Além dos títulos e trabalhos citados, destacam-se ainda um extenso trabalho jornalístico. Foi redator de “O Estado de São Paulo”, diretor da “Folha da Manhã” e da “Folha da Noite”, fundador do “Jornal de São Paulo” e redator do “Diário de São Paulo”. Entre seus escritos nesse gênero, salienta-se a coluna "Cinematographos", pioneira da crítica cinematográfica no Brasil, mantida no jornal “O Estado de S. Paulo” entre as décadas de 1920 e 1940.

História Arquivística

O acervo esteve sob a guarda de Frederico Ozanan Pessoa de Barros, amigo e biógrafo de GA, por aproximadamente quatro décadas.

A maioria dos documentos foi acumulada pelo titular e por sua esposa, entretanto, alguns documentos foram adquiridos por Frederico.

Em 2010, o biógrafo doa a documentação para Sandra Mara da Silva Franca.

No ano seguinte, com o interesse de adquirir o acervo, é formada uma Comissão de avaliação na UNICAMP: Alcir Pécora (Presidente/Professor Titular do IEL/UNICAMP); Marta Regina da Silveira Ribeiro do Val (Bibliotecária da Diretoria de Coleções Especiais e Obras Raras/ Biblioteca Central Cesar Lattes /UNICAMP); Neire do Rossio Martins (Coordenadora do Sistema de Arquivos da Unicamp); Raquel T. Gomes Magri (Secretária da Comissão/Coordenadoria Geral da UNICAMP); Tereza Cristina Oliveira Nonatto de Carvalho (Diretora Técnica de Coleções Especiais e Obras Raras da Biblioteca Central Cesar Lattes/UNICAMP).

Em 2012, seguindo os tramites da universidade, foi formada uma Comissão de Especialistas para a avaliação de mérito e de importância do acervo documental, composta pela Profa. Dra. Maria Eugênia Boaventura Dias, por Prof. Dr. Alcir Pécora e por Prof. Dr. Jefferson Cano, todos do Instituto de Estudos da Linguagem da UNICAMP. Sob a presidência da primeira, a comissão constatou o elevado valor histórico-cultural do conjunto de documentos e recomendou a aquisição do mesmo.

A equipe técnica do CEDAE fez uma avaliação do estado de preservação dos documentos antes do fechamento do contrato de compra.

Procedência Compra junto à Sandra Mara da Silva Franca em 25 de abril de 2013.
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e Conteúdo O conjunto é composto por manuscritos do titular que registram sua produção literária, discursos, letras de hinos, traduções e trabalhos na área da heráldica. Constam também folhas de anotações, documentos pessoais, agendas, correspondência, partituras, fotografias, desenhos, plantas, recortes de jornais e revistas.
Sistema de Arranjo Não organizado.
Área de condições de acesso e uso
Condições de Acesso Consulta livre.
Condições Reprodução Consulte as normas gerais de reprodução de documentos do CEDAE.
Idioma do Material Predominantemente português, constam documentos em alemão, espanhol, francês, inglês, italiano e japonês.
Instrumento de Pesquisa Listagem do Fundo Guilherme de Almeida.
Área de fontes relacionadas
Unidades de Descrição relacionadas No CEDAE: Fundo Hilda Hilst/Dossiê Apolônio Hilst - HH I.16.00126 e HH I.16.00127; Fundo Monteiro Lobato - MLb 2.2.00126; Fundo Oswald de Andrade - OA 2.3.00465, OA 7.2.01507 e OA 9.01706 (livro “A Flor que foi um homem (Narciso)” com dedicatória do autor a OA). No CMU: Coleção João Falchi Trinca - JFT 8. 00147, JFT 11. 00258, JFT 11. 00260 (Foto de Baby e Guilherme de Almeida) e a sequência JFT 11. 00261 a 263. No SIARQ: Fundo Sérgio Buarque de Holanda - SBH VP 006 P1 (Fotografia do grupo de intelectuais brasileiros com o poeta francês Blaise Cendrars, com a presença de GA.); No IEB/USP: fundo Guilherme de Almeida (BR USP/IEB GA)

Galeria de Imagens




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