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CEDAE Alexandre Eulalio




Fundo

MONTEIRO LOBATO

Área de identificação
Código de Referência BR UNICAMP IEL/CEDAE MLb
Título Monteiro Lobato
Data 1822 - 1948
Nível de Descrição Fundo
Dimensão e Suporte Textuais: 600 manuscritos/datiloscritos e 468 impressos; Iconográficos: 600 fotografias, 165 desenhos e aquarelas; Tridimensionais: 7 objetos.
Área de contextualização
Nome do Produtor LOBATO, José Bento Monteiro
História Administrativa/Biografia

Nasce José Renato Monteiro Lobato em 18 de abril de 1882, na cidade de Taubaté, SP, filho de José Bento Marcondes Lobato e Olympia Monteiro Lobato. Em 1893 muda seu nome para José Bento. Com o falecimento de seus pais, em 1899 o avô materno José Francisco Monteiro, visconde de Tremembé, assume a tutela de Lobato e de suas duas irmãs, Esther e Judith.

Lobato realiza os estudos primários e secundários na cidade natal e em 1900 ingressa na vida acadêmica, cursa direito na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Escreve regularmente para o jornal da faculdade e preside a revista "Arcádia", uma sociedade literária dos alunos desta instituição. Em 1903, funda-se o Centro Acadêmico XI de Agosto, da Faculdade de Direito, e Lobato figura, desde o primeiro número, na comissão de redatores do seu jornal, "O Onze de Agosto". Diploma-se bacharel em 1904.

Em 1907, assume a promotoria de Areias, seu primeiro cargo de relevância. No ano seguinte se casa com Maria da Pureza Natividade, em Taubaté, com quem tem quatro filhos: Martha (1909), Edgard (1910), Guilherme (1912) e Ruth (1916). Lobato permanece em Areias até 1911, quando recebe como herança a fazenda do Buquira, para onde se muda com a família.

Transfere-se, em 1917, para São Paulo, onde organiza, neste período, a pedido do jornal "O Estado de São Paulo", um estudo sobre o mito do Saci. No ano seguinte, compra a "Revista do Brasil" e lança uma coletânea de contos intitulada "Urupês". Em 1920 publica "A menina do narizinho arrebitado", ingressando assim no universo da literatura infantil, gênero que renderia outras 16 obras ao longo de sua vida.

Funda neste mesmo ano a editora Monteiro Lobato & Cia, empresa que em 1924 se transformaria na Companhia Gráfico-Editora Monteiro Lobato, um ano depois, ainda no ramo editorial, participa da constituição da Companhia Editora Nacional e em 1946 torna-se sócio da Editora Brasiliense e, mais tarde, durante sua estada na Argentina, da Editorial Acteon.

Entre 1925 e 1946 publica dezenas de traduções e adaptações de conhecidas obras da literatura universal.

Paralelamente à sua produção literária, produz ao longo de toda sua vida inúmeras aquarelas e desenhos: caricaturas, ilustrações, esboços para personagens de sua obra e ainda deixa registrada sua impressão dos lugares onde viveu ou visitou, inclusive ilustrou a primeira edição de "Urupês", seu livro de estreia.

Uma temporada de quatro anos, 1927 a 1931, em Nova Iorque, como adido comercial, estimulou o seu lado progressista, levando-o a publicar um livro intitulado "América" (1932), onde relata suas impressões sobre o desenvolvimento e a eficiência dos Estados Unidos em contraposição à situação do Brasil. Acredita firmemente que pode levar o Brasil ao desenvolvimento, assim como vira nos Estados Unidos. Inicia a Campanha do Petróleo, alimentando debates pela imprensa e realizando palestras sobre a importância dos empreendimentos petrolíferos nacionais, participa da fundação de diversas companhias e realiza a prospecção de petróleo em alguns estados brasileiros. Lança, em 1936, o livro "O escândalo do petróleo". Mesmo ano em que é eleito para a Academia Paulista de Letras.

Sua atuação na Campanha do Petróleo o leva a entrar em choque com o governo de Getúlio Vargas e mais tarde (1941) tem sua prisão decretada, onde permanece durante alguns meses.

Em 1938 perde seu filho Guilherme e em 1943, Edgard.

Após passar por alguns problemas de saúde, sofre um derrame e falece, em São Paulo, na madrugada de 4 de julho de 1948.

História Arquivística

Em 1999, por ocasião da exposição "Vendo e escrevendo Monteiro Lobato", organizada no IEL/Unicamp, a Profa. Dra. Marisa Lajolo (organizadora) convidou a família do titular para visitar o evento e, na ocasião, após conhecerem também as dependências do CEDAE e o trabalho desenvolvido nesse local, propuseram a doação do acervo.

Em 2019, as obras de Monteiro Lobato entraram em domínio público.

Procedência Doação recebida em comodato dos herdeiros de Monteiro Lobato em 20 de julho de 2000.
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e Conteúdo O fundo é constituído por documentos que se referem à vida pessoal e profissional do titular como escritor, editor, adido comercial, desenhista e empreendedor. A documentação inclui documentos pessoais, correspondência com amigos, escritores, editores etc., além daquela trocada com Maria Pureza Natividade durante o período de namoro. O arquivo também conta com livros, manuscritos e datiloscritos de contos, crônicas e traduções, além de desenhos, aquarelas e fotografias de sua autoria.
Sistema de Arranjo
Área de condições de acesso e uso
Condições de Acesso Consulta livre.
Condições Reprodução Consulte as normas gerais de reprodução de documentos do CEDAE.
Idioma do Material Predominantemente português, contendo documentos em inglês, italiano e espanhol.
Instrumento de Pesquisa Inventário do Fundo Monteiro Lobato. Campinas, SP: CEDAE/UNICAMP. 2004; Planilhas de descrição do Fundo Monteiro Lobato.
Área de fontes relacionadas
Unidades de Descrição relacionadas Biblioteca Monteiro Lobato/Pref. Mun. de SP; Col. Biblioteca Lobatiana (BL)/CEDAE; Col. de Recortes/CEDAE; Col. de Fitas do IEL - Dpto de Teoria Literária-Fita de áudio TL 70 (última entrevista de ML)/CEDAE; Fundo Charles Frankie (ChF)/CEDAE; Fundo Monteiro Lobato/IEB/USP.
Notas Os livros e folhetos catalogados na Base Acervus - Sistema de Bibliotecas da Unicamp (SBU) estão disponíveis em: http://acervus.unicamp.br/

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