Filho de João Tarallo e Ida Cavalli Tarallo, Fernando Luiz Tarallo nasceu em 22 de Abril de 1951 em Louveira, na época distrito de Vinhedo.
Entre 1966 e 1968, frequentou o curso Clássico do Colégio Estadual Prof. José Romeiro Pereira em Jundiaí, onde conheceu como professor de Latim, Carlos Franchi, que mais tarde veio a ser seu colega de departamento no IEL.
Graduou-se em Licenciatura em Letras (Português, Alemão e Latim) na Universidade de São Paulo em 1974. Durante a graduação, para se sustentar em São Paulo, deu aulas em cursos supletivos e de segundo grau, além de aulas particulares.
Integrou ainda como aluno da graduação, a primeira equipe de documentadores do Projeto de Estudo da Norma Urbana Linguística Culta da Cidade de São Paulo, constituída por Ada Natal Rodrigues, na qual atuou até 1973.
Terminada a graduação, ministrou cursos de Língua alemã na Faculdade Ibero-Americana de Letras e Ciências Humanas em São Paulo entre 1975 e 1976. Lecionou também na UNESP, campus de Araraquara em 1976.
Entre 1976 e 1977 cursou especialização em Germanística na Universidade Albert-Ludwigs, em Freiburg im Breigau, Alemanha.
Em 1978 foi aprovado com distinção no mestrado em Língua e Literatura Alemãs pela Universidade de São Paulo, de onde seguiu para a Universidade da Pensilvânia, Estados Unidos, aproximando-se de Gillian Sankoff, William Labov e Anthony Kroch, que orientaram seu doutorado em Linguística, obtido em 1983 com a tese Relativization strategies in brazilian portuguese.
De volta ao Brasil, lecionou Sociolinguística na PUC de São Paulo entre 1983 e 1987. Ingressa como professor no Departamento de Linguística da Universidade Estadual de Campinas em 1983. Nesse Departamento, desenvolveu com plenitude sua carreira de professor (Sociolinguística, Linguística Histórica, Sintaxe) e de pesquisador. Entre 1986 e 1989 realizou estágios de pós – doutorado na Universidade da Cidade de Nova Iorque, no Seminário de Romanística da Universidade de Hamburgo e na Universidade de Ottawa.
A partir de 1988, passou a integrar o “Projeto de Gramática do Português Falado”, como coordenador do grupo de trabalho de Sintaxe II, juntamente com a professora Mary Kato.
Durante sua docência, orientou dezessete dissertações de mestrado e três teses de doutorado, escreveu três livros, sua tese de doutorado, A Pesquisa Sociolinguística, 1985, Falares Crioulos. Línguas em Contato, em coautoria com Tânia Alkmin, 1987, Vozes e Contrastes. Discursos no Campo e na Cidade, em coautoria com Eni Orlandi e Eduardo Guimarães, 1989. Esse último trata-se da publicação dos resultados do projeto de pesquisa “Produtividade e/ou Criatividade: um estudo da linguagem cotidiana da zona rural em situação de contato”, um projeto interdisciplinar e de integração entre a Unicamp e a Comunidade proposto pela professora Eni Orlandi, no âmbito de um Projeto Global do Núcleo de Estudos e Pesquisas em Alimentação _ NEPA, na Unicamp. Organizou ainda os livros Fotografias Sociolinguísticas, 1989 e Sociolinguística.
Em 1990 publicou também o livro “Tempos Linguísticos”.
No mesmo ano tornou-se Livre-Docente na Universidade Estadual de Campinas, com a média dez.
Em 1991 foi contemplado com uma Bolsa de Reconhecimento Acadêmico “Zeferino Vaz”.
Escreveu 23 ensaios para revistas nacionais e estrangeiras, e participou ativamente de inúmeros congressos no país e no exterior.
Faleceu em 1992.
Fontes: CASTILHO, Ataliba T. de. Prefácio do Livro Tempos Linguísticos de Fernando Tarallo. Processo de Vida Funcional de Fernando Luiz Tarallo, Universidade Estadual de Campinas, Sistema de Protocolo, Arquivo Central da Unicamp.