A amplitude de
interesses do engenheiro civil, formado em Newcastle
(Inglaterra), Flávio de Carvalho –atestada por
seus
projetos e escritos,
pinturas e performances, cenografias e figurinos, esculturas
etc–
possibilitou
ao artista uma abordagem da arte como poucos haviam praticado
até então no
Brasil: a da experimentação de diversas
linguagens
artísticas. Pertencente à
segunda geração de modernistas de São
Paulo, Flávio Resende de Carvalho foi também
escritor,
arquiteto e pintor,
fazendeiro, agricultor, empresário e, depois de ter exercido
profissionalmente
a carreira de engenheiro, foi ainda escultor e cenógrafo. Com uma personalidade
singular,
Flávio de Carvalho
contribuiu como poderoso animador do meio artístico paulista
dos
anos 30, sendo
fundador do Teatro Experiência (1933), organizador do
3º
Salão de Maio (1939) e
fundador e animador do Clube dos Artistas Modernos, que reunia artistas
para
conferências, debates e
exposições. Ao
adquirir seu espólio
documental, a Unicamp e, em particular, o Centro de
Documentação Cultural
“Alexandre Eulalio”, CEDAE, se habilitam a
enriquecer o
âmbito da pesquisa das
Artes no Brasil, não apenas da perspectiva do artista e
intelectual que foi
Flávio de Carvalho, mas sobretudo do ponto de vista do
testemunho de um homem
sempre decidido a experimentar, a discutir e testar os modelos que se
impuseram
à sua geração, a buscar a Arte total. |
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